O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciou que não disputará a eleição ao governo do Amapá para ser um dos coordenadores da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência. O anúncio foi feito nesta terça-feira (22) no plenário do Senado.
“Afirmo que meu papel será muito mais útil nessa contenda em ajudar a construir um novo tempo para o Brasil, aceitando a convocação do presidente Lula, principalmente porque a superação desse atual tempo triste será fundamental para que o Amapá volte a crescer”, afirmou.
O senador afirmou que recebeu o convite de Lula há um mês. Randolfe era apontado como pré-candidato ao governo amapaense. Ao fazer o anúncio, o parlamentar disse que um dos motivos para abdicar da sua própria corrida eleitoral é a necessidade de “superar” o governo do presidente Jair Bolsonaro para melhorar a realidade do Amapá.
Para concorrer ao governo estadual em seu lugar, Randolfe deu seu apoio ao suplente de deputado federal Lucas Abrahão, que faz parte do movimento Renova Br. O senador também defendeu uma aliança no estado entre Rede, PT, PV, PCdoB, PSOL e MDB
“Para isso, humildemente, oferecemos o nome e a juventude de Lucas Abrahão para a candidatura ao governo. Trabalharei e sem arrogância e imposição procuraremos diálogos com o PSB, PT, PV, PCdoB, PSOL e MDB”, disse.
Ao aceitar o convite de Lula, Randolfe aproxima a Rede ao ex-presidente. O partido, que negocia uma federação com o PSOL, estava dividido em relação ao apoio que dará na corrida presidencial. Enquanto há uma ala que defende a candidatura do petista, outra, puxada pela ex-senadora Marina Silva, prefere uma aproximação com o pré-candidato do PDT, Ciro Gomes.
O próprio Randolfe chegou a negociar sua ida para o partido do pedetista afim de disputar o governo amapaense. No entanto, com a volta de Lula ao cenário após recuperar seus direitos político e Ciro não empolgar nas pesquisas eleitorais, o senador desertou do palanque do ex-ministro.
A Rede também negocia uma federação com o PSOL, que já anunciou que apoiará Lula.