Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) come strogonoff original na Rússia, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizou nesta terça-feira (15/02) encontro de preparação da transição para o novo comandado da corte durante as eleições de 2022.
Com o objetivo de expor as propostas do programa de gestão, os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes, eleitos presidente e vice-presidente TSE, respectivamente, reuniram-se hoje com assessores e secretários e com o atual presidente, ministro Luís Roberto Barroso. A reunião de transição também contou com a presença dos ministros Carlos Horbach e Maria Cláudia Buchianeri.
Barroso lembrou que já atua em parceria com Fachin e Moraes e isso possibilitará que continuem em uma mesma direção.
O TSE afirma que tem procurado ser uma importante trincheira de reafirmação dos valores democráticos e de proteção às instituições brasileiras. Então, fico muito confortável em saber que o trabalho que iniciamos terá continuidade sob a condução conjunta do ministro Edson Fachin e do ministro Alexandre de Moraes. Estou indo embora, mas o meu coração fica aqui – declarou.
O ministro Fachin falou dos desafios para os próximos meses em que deverão ser combatidas ameaças à segurança no ciberespaço, ao populismo autoritário, às distorções factuais e às teorias conspiratórias.
– Paz e segurança nas eleições, com o máximo de eficiência e mínimo de ruído é o que desejamos. O papel da Justiça Eleitoral não é definir quem ganha, porquanto a chave do jogo é justamente a incerteza. Eis a tarefa mais importante numa eleição democrática: jogar com as regras do jogo e aceitar o resultado – afirmou Fachin, ao acrescentar: – chamamos e convocamos a todas e a todos que almejam manter em pé a democracia. Juntos, escreveremos, em 2023, no livro da vida eleitoral, um relevante capítulo denominado como as democracias resistem.
O ministro Alexandre de Moraes confirmou que esta “é uma transição de continuidade ao trabalho que se iniciou com Barroso”.
– Somos três pessoas que nem sempre concordam em tudo, mas que têm as mesmas ideias relacionadas à democracia, às instituições e, sobretudo, à Justiça Eleitoral. Isso é muito importante e eu gostaria de parabenizar o ministro Barroso pela sua atuação na presidência e pela aproximação com a sociedade civil, principalmente quando parcela dessa sociedade civil é direcionada por uma mal-intencionada milícia digital.
Posse
Os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes tomarão posse na próxima terça-feira (22). A cerimônia marcará a despedida do ministro Barroso, que está à frente da Corte desde maio de 2020.
*Por Esmael Morais