Fato: a não descoberta do mandante do assassinato de Marielle só tem uma explicação: sua enorme influência política.
A partir daí, duas hipóteses: ou alguém ligado aos Bolsonaro ou às forças de intervenção, chefiadas por Braga Neto. Não há outra hipótese de poder político
O próprio Ministro da Justiça da época, Raul Jungmann, falou em personagens influentes. Não estava se referindo obviamente a nenhum chefe de milícia.
Pergunto: qualquer país que se pretenda civilizado pode conviver com esse nível de desinformação?
O assassino era contrabandista de armas e vizinho do presidente da República. E os filhos do presidente eram ligados ao chefe do escritório do crime. Como pode a ex-7a potência do mundo normalizar esse nível de suspeição em relação ao seu presidente? Bater no Monark é fácil.
Braga netto disse que poderia apontar culpados, mas não queria “protagonismo”. Como assim? Ele era o interventor do Rio.
Em 2018, ainda no governo Temer, Braga Netto diz que a solução está próxima. Depois se cala e se torna o superpoderoso Ministro de Bolsonaro. Não há nada de estranho nisso?
Há duas hipóteses terríveis. Espero que nenhuma se confirme. A primeira, de envolvimento da intervenção com a morte de Marielle (menos provável). A segunda, a de um general que, dispondo de informações, chantageou o presidente da República, livrando-o da suspeita de um crime abjeto.
*Do GGN