Quem acelerou o metabolismo do nazifascismo no Brasil foram Bolsonaro e Moro, favorecendo o crescimento corporal que ajudou a digestão de um pensamento totalitário.
O composto bolsomorismo tem a propriedade de estimular e promover o que há de mais potente no nazifascismo, a intolerância, o ataque ao contraditório e, consequentemente, a hipertrofia muscular da violência.
São essas propriedades que deram a Bolsonaro, por exemplo, a possibilidade de estimular a venda de armas de grosso calibre para civis no Brasil. Isso já mata a declaração de Eduardo Bolsonaro, sabidamente lobista de fabricantes internacionais de armas, sobretudo americanas e israelenses, principalmente quando diz ter um projeto de quem defende o nazismo.
É como disse Milton Santos, “no Brasil, o feio não é ser racista, mas se declarar racista”.
O clã Bolsonaro tem rabo fascista, pelo fascista, orelha fascista, focinho fascista, mas se diz antinazifascista.
Se Bolsonaro tivesse saído preso do Congresso na votação do golpe contra Dilma, depois de, ao lado de Eduardo Bolsonaro, exaltar o monstro nazista, Brilhante Ustra, o mais frio e perverso torturador e assassino da ditadura, jamais existiriam, Monark, Kim Kataguiri e o MBL, que defende a fala de Kim.
Se Bolsonaro tivesse sido impedido, tendo inclusive seu mandato de deputado cassado, e ser preso após suas declarações racistas contra índios, mas principalmente contra negros quilombolas em pleno clube da Hebraica, nada do que assistimos hoje no Brasil estaria acontecendo, muito menos assistiria esse negacionismo de extrema direita produzir a morte de mais de 630 mil brasileiros.
Não há como não associar Moro a Bolsonaro, quando todos sabem que o principal motivo da condenação e prisão de Lula sem provas era garantir a vitória de Bolsonaro em 2018 e, como recompensa, Moro ganharia, como ganhou, uma super pasta no governo Bolsonaro para usá-la como trampolim político que pretendia, como em parte conseguiu, arrebatar uma parcela fascista da sociedade, que tem na intolerância e na violência seus principais destaques desse universo obscuro.
Não é sem motivos que Moro, como se sabe, agiu o tempo todo como defensor inabalável dos crimes cometidos pelo clã e, dentro do governo, priorizou a licença dos agentes do Estado para matar negros e pobres sem serem importunados pela justiça.
Tudo isso após cinco anos em que, como juiz, Sergio Moro se declara dono da operação policial Lava Jato, o que é absolutamente proibido pela constituição, mas que, ainda protegido pela grande mídia, que é totalmente de direita, é vendido como herói nacional, justamente por suas atitudes nazifascistas.
Ou seja, esse episódio que envolve Monark, Kataguiri, agora, conta com o apoio fervoroso bolsonarista e ex-BBB, Adriles Jorge, que após fazer saudação nazista em apoio a Monark e a Kataguiri, foi demitido da Jovem Pan.