A vantagem que Bolsonaro tem de ser grotesco, está justamente nas sutilezas, na ausência delas. O sujeito é um casca grossa no pior sentido da palavra. Sim, sabemos que ele é perverso, mau, frio, sádico, um ser horroroso. Mas isso não o absolve da burrice crônica típica de um tapado de pai e mãe.
Bolsonaro não é rude, é burro. Sua limitação intelectual, no entanto, não o impede de agir por instinto como qualquer animal. E ele sabe que, sem ter como controlar literalmente as instituições de controle, vai Bolsonaro e todo o clã em cana, mais uma meia dúzia de laranjas e fantasmas, a parentada das três mulheres e, logicamente a própria, com Queiroz, com tudo.
Não haverá Cristo que os salve dessa encrenca. Na verdade, essa gente que hoje, por interesse, atura Bolsonaro, vendo-o na lona, será a primeira a chutar o fascista nocauteado, justamente porque Bolsonaro é um tosco que sintetiza com exatidão o espírito e cultura da elite brasileira.
Sabendo disso, o sujeito já está bancando o peru de natal, morrendo de véspera.