Os jornalões tiveram de mostrar a cabeça depois que o PT e o ex-presidente Lula disseram que irão rever a reforma trabalhista, o teto de gastos e as privatizações. Eles mostram que estão do lado dos especuladores, do neoliberalismo, contra o Brasil e os trabalhadores.
O jornal Folha de S.Paulo lamenta nesta segunda-feira (10/01) que o teto enfrente pressões crescentes conforme se aproximam os debates eleitorais de 2022. Essa canalhice congela investimentos nas áreas sociais e reajustes nos salários dos servidores públicos, objetivando obter o superávit primário para o pagamento de juros e amortizações da inauditada dívida interna pública.
No domingo (09/01), o jornal O Estado de São Paulo atacou o Partido dos Trabalhadores, que defendeu a revisão da reforma trabalhista cujos resultados foram desastrosos para os trabalhadores e a economia nacional.
“Esse debate está deixando claro que tipo de democracia a mídia e as elites brasileiras defendem: aquela em que elas mandam e o povo sofre“, definiu a presidenta do PT, deputada federal (PR), Gleisi Hoffmann, reafirmando que “a reforma que não criou empregos, só mais lucros e injustiça. É esta selvageria que queremos rever, como está ocorrendo na Espanha“.
“O Estadão não sabe o que é democracia. Pensa que só os patrões têm direitos e os trabalhadores, não. Que só os ricos podem ter cidadania. Mentalidade escravagista no editorial de hoje”, definiu a presidenta do PT Gleisi Hoffmann em seu perfil de Twitter.
Na sexta-feira (07/01), Gleisi já havia sido demandada para também responder o editorial do Globo. Ela disse que está na hora de revogar o que deu errado, como a Lei do Teto, a reforma trabalhista e a política de preços dos combustíveis.
O presidente do PT no Paraná, deputado Arilson Chiorato, disse que a revogação de reformas e revisão de privatizações “é Lula no caminho certo e o Brasil no coração”.
Defensor da pré-candidatura de Roberto Requião (sem partido) ao governo do Paraná, o dirigente petista quer incluir o fim da concessão das rodovias e a proibição dos pedágios privados no programa de governo. Ele acredita que uma tarifa de manutenção pública, com preço módico, seria suficiente para garantir a qualidade das estradas e acabar com a farra das concessionárias.
A velha mídia corporativa, que tem parte com o “mercado financeiro”, fica ensandecida com o PT por causa dos temas econômicos. O fim do teto dos gastos, a revogação da reforma trabalhista e das privatizações são alvíssaras nesses tempos neoliberais e de Jair Bolsonaro (PL).
*Por Esmael Morais