Indicado por Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça será sabatinado no Senado nesta quarta-feira (1/12).
Com o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) trabalhando até de madrugada contra André Mendonça, líderes evangélicos se reuniram no Senado, na tarde desta terça-feira (30/11), para orar pela aprovação no Senado do indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A oração foi realizada no gabinete da liderança do PSD no Senado. O momento reuniu parlamentares e pastores evangélicos que estão em Brasília para pedir votos dos senadores para aprovarem a indicação do “terrivelmente evangélico” nesta semana.
A sabatina de Mendonça está marcada para esta quarta-feira (1º/12) na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ). O colegiado é presidido por Alcolumbre. A expectativa é de que a indicação seja submetida ao plenário da Casa ainda nesta semana.
Como o próprio senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro, admitiu, “não dá para prever” o resultado da indicação de Mendonça no Senado. Enquanto aliados de Mendonça preveem ao menos 54 votos favoráveis, Alcolumbre calcula ter de 47 a 50 votos para rejeitar o nome.
As indicações feitas pelo presidente da República, tanto para o STF quanto para outros cargos, são votadas no Senado de forma secreta. Ou seja, mesmo parlamentares que publicamente defendem Mendonça podem votar contra sem ter sua decisão exposta.
Senadores que acreditam na aprovação do nome apontam que nada impede possíveis traições. Lembram, por exemplo, da frase de Tancredo Neves de que “voto secreto gera uma vontade de trair danada”.
Nesta terça, véspera de sua sabatina na CCJ, André Mendonça esteve novamente peregrinando pelos gabinetes do Senado, com objetivo de contar votos e tentar garantir os últimos apoios.
*Com informações do Metrópoles