Alvo de protestos dos movimentos sociais, o polêmico Touro de Ouro instalado em frente a bolsa de valores, a B3, poderá ser “castrado” pela Prefeitura de São Paulo.
Urbanistas e arquitetos defendem multa e retirada da estátua de gosto duvidoso no centro de SP.
Segundo profissionais da arquitetura e urbanismo, a instalação do Touro de Ouro não foi submetida à Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), órgão da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), que regula e autoriza a implantação de esculturas, estátuas e mobiliário urbano temporários na capital paulista.
O Touro de Ouro é uma ostentação do mundo “yuppie” no mercado financeiro e uma cópia da estátua da Wall Street, em Nova York.
Na semana passada, movimentos sociais protestaram e picharam o monumento ao capitalismo em uma manifestação contra a fome no Brasil.
O protesto na B3, contra a fome, foi organizado por ativistas da Juventude Fogo no Pavio e Movimento Raiz da Liberdade. No ato, eles denunciaram que a fome atinge 19 milhões de pessoas no Brasil enquanto investidores seguem lucrando altas cifras com as políticas neoliberais do atual governo de Jair Bolsonaro.
A B3 não pediu autorização de instalação para o município, a exemplo do que já fizeram o EarParade (pinturas em escultura sobre saúde auditiva) ou a CowParade (escultura de vacas).
Enfim, apoiamos a luta contra as desigualdades e por isso é favorável à “castração” do Touro de Ouro.
*Por Esmael Morais