Primeiro ponto, o fato do ex-presidente Lula ter ficado 1,37 ponto acima de Jair Bolsonaro que até o momento é o seu principal adversário.
Na terça passada quando cumpria agenda na Europa, Lula alcançou 63,9 pontos contra 57,9 pontos registrados por Bolsonaro. Entre o início e o fim do levantamento, Lula cresceu 27,8 pontos.
Na avaliação do cientista político e diretor da Quaest, Felipe Nunes, “esse estilo mais calado está contribuindo para manter Bolsonaro no pelotão de cima, mas sem grandes volatilidades, como costumava acontecer com ele no IPD nos últimos tempos”.
Ainda segundo Nunes, “já no caso de Lula, a repercussão majoritariamente positiva do giro europeu está relacionada à elevação de pontuação”.
Segundo ponto relevante apontado pela Quaest é o crescimento de Sérgio Moro no IPD. Na terça-feira passada quando o relatório foi finalizado, o ex-juiz apareceu em terceiro lugar com 30,7 pontos, deixando para trás o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) que registrou 28,9 pontos.
De acordo com o relatório da Quaest, “a filiação ao Podemos e o discurso de pré-candidato à Presidência contribuíram para os bons resultados de Moro. Ciro, que tem uma forte estratégia nas redes, manteve-se no patamar entre 28 e 30 pontos”.
“Moro assumiu a terceira colocação no IPD e teve uma evolução considerável, principalmente se lembrarmos que, no dia 25 de outubro a pontuação dele era de 17,2. Sua candidatura tem chamado a atenção e gerado engajamento e mobilização digital”, diz Felipe Nunes.
“Se isso vai se manter, é outra história. É bom lembrar que outros políticos já obtiveram performance similar em momentos específicos, mas nenhum deles conseguiu sustentar esse bom desempenho por muito tempo”, finaliza.