Com cinco inquéritos abertos (veja a lista dos inquéritos) e grande possibilidade de ser condenado por crime comum, para muitos analistas, a prisão de Bolsonaro é dada como certa após o fim de seu mandado. A entrada do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, na corrida eleitoral é mais um ingrediente para tirar o sono de Bolsonaro.
Logo na primeira pesquisa pós candidatura de Moro, o ex-ministro bolsonarista encostou no presidente e já ameaça, inclusive, sua ida ao segundo turno.
Para Bolsonaro, o pior cenário para 2022, não seria somente ficar sem mandato federal, seria perder o foro privilegiado e a influência política. Numa eleição, se define quem tem mais capital político para barganhar inclusive com a justiça. Se Bolsonaro fica sem mandato e sem segundo turno, sua prisão seria uma questão de meses, ou até mesmo dias. Já que as primeiras instancias são mais propensas a mandados de prisão preventiva que a as esferas federais. Mesmo assim, ganharia mais tempo, já que o inquéritos seriam encaminhados da esfera federal para as primeiras instancias.
É aí que tudo pode mudar nos próximos meses. Se Bolsonaro desistisse da presidência, certamente seria eleito deputado federal e teria grande chance de se eleger senador pelo Rio de Janeiro, ou estados mais conservadores, como os do centro-este.
Com dificuldade de se filiar a um partido, a entrada se Moro na corrida eleitoral e o desmoronamento político de seu governo, a opção de sair para cargos legislativos pode acabar se tornando uma questão de vida, ou morte, política de Bolsonaro. Porém, a expectativa para o presidente é bem bíblica, “do pó viestes, ao pó retornarás.”