É inevitável a comparação das agendas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que participa de motociatas no Oriente Médio, com o périplo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela Europa.
Lula se reúne com os principais líderes mundiais no Velho Continente, a exemplo de Emmanuel Macron, presidente da França; Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha; e Olaf Scholz, futuro chanceler da Alemanha.
Aliás, no G20, no mês passada, na Itália, Bolsonaro foi olimpicamente ignorado pelos principais chefes de Estado mundiais. Uma vergonha para o Brasil, que vê seu presidente sendo tratado como um pária.
“Poucos dias depois que Bolsonaro apareceu isolado na cúpula do G20, em Roma, Lula conseguiu garantir uma série de reuniões de alto nível com autoridades europeias”, comparou a agência Bloomberg.
Bolsonaro iniciou semana passada mais um tour por Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Hoje o mandatário passeia de motocicleta em Doha, no Catar — também uma monarquia absolutista, sob ordem do emir Tamim bin Hamad Al Thani.
“Com o presidente da França, Emmanuel Macron. Na pauta, a urgência climática e questões globais como a fome e a pobreza. Também conversamos sobre o futuro da União Europeia e a integração da América Latina”, contrapôs-se Lula neste quarta-feira (17/11).
O ex-presidente Lula disse ainda acreditar que os líderes mundiais precisam sentar à mesa para dialogar e enfrentar esses desafios com uma governança global. “Dividimos preocupações como o avanço da extrema direita pelo mundo e as ameaças à democracia e aos direitos humanos. Agradeço pela cordial recepção”, declarou o petista, que foi recepcionado com honra de chefe de Estado.
A Bíblia Sagrada não mente jamais: diga-me com quem andas e dir-te-ei quem és.
*Por Esmael Morais