Zé Trovão, enfim, se entrega à Polícia Federal para ser conduzido à prisão, tendo o mesmo destino de outros tantos trovões que fizeram papel de mula para o clã Bolsonaro e se encontram há muito tempo sozinhos e abandonados nas celas.
Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, apresentou-se espontaneamente à Polícia Federal em Joinville, no Norte de Santa Catarina, nesta terça-feira (26), informou a defesa dele. Ele é morador da cidade.
Todos sabem que Zé Trovão nunca foi caminhoneiro, mas um embusteiro. Aliás, chega a ser cômica a participação dele no evento de 7 de setembro, mas do México, porque já tinha dado nas canelas.
Uma coisa é preciso reconhecer, um sujeito que não representa ninguém fazer o barulho que ele fez, não é algo a se desprezar, tanto que sua prisão está no TT do Twitter, sem que os inúmeros comentários forneçam qualquer pista de sua importância política ou cultural nessa marmota em que ele se enfiou. É Zé Trovão, e ponto.
A percepção que a sociedade tem dele não passa de sua imagem física que, em nome dos brasileiros “patriotas”, colocou a própria liberdade em risco em nome de uma causa, mas ninguém sabe qual.
É assim que os bolsonaristas se organizam a serviço do clã. Num determinado momento, alguém se autoproclama representante do povo a modo e gosto e resolve peitar individualmente as instituições do país. Por isso, consegue uma consagração instantânea, bomba as suas redes sociais, sobretudo o youtube aonde faz ameaças à democracia, a ministros do STF e se consolida em celebridade automática.
Preso, Zé Trovão enfrentará o abandono e a falta de solidariedade dos Bolsonaro. Saindo da cadeia, terá que reconstruir sua própria vida, pois já foi usado para consumo eleitoral e, agora, é apenas um bagaço que se joga no lixo como os Bolsonaro fizeram com todos aqueles que, completamente despreparados, compraram o discurso e os rompantes do “mito” que hoje só não está na cadeia porque é protegido pelos interesses que movem as relações desse governo com a oligarquia.