Tentando ressuscitar as almas perdidas da tumba tucana, o Globo entrou de sola convocando ninguém menos que a empalhada tucana, Vera Magalhães para escrever aqueles artigos bolsonaristas que ficaram famosos como o “Uma escolha difícil”, entre um professor que foi o melhor ministro da Educação desse país, Fernando Haddad, e uma toupeira que viria a se transformar no maior genocida do planeta.
Lógico que, dessas duas classificações, ninguém pode acusar Vera de ser pró-genocídio, mas pelos artigos que sempre escreveu, demonstra ter uma queda pelas toupeiras que, aliás, são abundantes na mimosa Faria Lima, que Vera jura ser o centro do mundo.
Deixando à parte os pobres bichinhos, a fala de Vera Magalhães utilizando Ciro Gomes como boi de piranha, ou seja, como gado tucano, volta a se derreter de paixão pelo mais tucano dos juízes, Sergio Moro, dando um bico no ex-clero sagrado, o STF, que disse com todas as letras que Moro, na hora de julgar Lula, foi rigorosamente parcial.
E o que é um juiz parcial senão um vigarista, um trapaceiro? Uma figura totalmente contaminada pelo mau-caratismo. E como disse o deputado Glauber Braga (Psol), um juiz corrupto e ladrão. E é a partir dessa torneira curitibana que jorra uma água imunda, que Vera quer recontar a marmota do combate à corrupção num país em que, no final das contas, foi provado que o corrupto era o juiz.
A moça apela dizendo que João Santana e Ciro Gomes conhecem muito bem os intestinos do PT, sendo Ciro fundador do PSDB que, quando rompido com os tucanos, disse que a privataria de FHC foi o maior assalto ao patrimônio público da história do Brasil.
Mais que isso, disse que FHC, o deus supremo de Vera Magalhães, comandou um esquema sórdido que destruiu as empresas estatais criadas com o suor do povo.
Lógico que Vera engoliu essa parte na sua autofagia jornalística, esquecendo-se que Ciro substituiu FHC na pasta da economia no governo Itamar.
Mas o mais grave é que ela foi uma espécie de rainha de bateria dos horrores do bolsonarismo e que, portanto, é tão inconsequente quanto culpada de ter ajudado de forma decisiva, com seu artigo histórico, a colocar na presidência da República o monstro de marfim e todos os dejetos que o rodeiam.
Mas, entre um gole e outro do seu trôpego artigo, ela diz que quem tem que fazer autocrítica é o PT.
Seja como for, a moça jura que vai salvar as almas penadas do túmulo do tucanato, inclusive o impoluto Aécio, que andam vagando na rabeira das pesquisas eleitorais requentando uma história esturricada, desmoralizada internacionalmente para fazer com que os mortos vivos do PSDB ressurjam de suas catacumbas políticas.
O lado bom da história é ver essa gente tendo que comer pão dormido, tendo que encarar aquele arroz queimado da madrugada quando todas as portas do comércio de alimentos estão fechadas, e fazer um mexido com ovo choco dos mais fedorentos e tentar enfiar goela abaixo de seus leitores como se fosse o banquete da Poliana de Platão.
Afinal, foi para isso que Dória colocou a moça no Roda Viva, que disse, sem corar, que Lula, disparado nas pesquisas, não era player para ser entrevistado por ela.
Trocando em miúdos, o artigo de Vera, que partiu para a baixaria, é uma confissão antecipada de derrota da terceira via que nunca existiu e jamais existirá.