Jair Bolsonaro não ficou nem um pouco satisfeito ao saber que terá que ficar em isolamento. O presidente teve contato com Marcelo Queiroga, contaminado pela Covid-19. Por causa disso, recebeu o aviso da Anvisa que precisaria ficar 14 dias em quarentena ao chegar no Brasil.
Conforme apurou o DCM, o governante brasileiro tinha consciência que a agência falaria do isolamento. Então ele resolveu conversar com aliados ideológicos para saber como proceder. O conselho que escutou foi de que deveria enfrentar a Anvisa e não cumprir o tempo determinado de quarentena.
Quando soube oficialmente que precisaria ficar 14 dias em isolamento, o presidente deixou claro: “Não ficarei”. A Anvisa tinha consciência que isso aconteceria e também se preparou para poder enfrentá-lo. Informou que usaria os recursos legais para que a lei fosse cumprida.
Parlamentares de oposição se preparavam para criticar o chefe do executivo federal. O entendimento que era uma afronta o líder do país não respeitar a agência. Inclusive, alguns buscavam alguma brecha judicial sobre o assunto para entrar com ação no STF.
O Centrão se desesperou. O discurso de Bolsonaro na Assembleia-Geral da ONU e a Covid-19 de Queiroga havia colocado fogo no cenário político novamente. Um possível desacato do presidente para Anvisa, faria o país entrar em chamas.
Bolsonaro concorda com cinco apenas dias
Por causa disso, as negociações começaram. Deputados e assessores do governante conversaram com profissionais da Anvisa. Queriam saber se era possível encontrar um meio-termo dentro da lei.
Entre um diálogo e outro, a proposta da agência foi de cinco dias de isolamento. Bolsonaro soube disso e deixou claro que não iria acatar. Chegando ao Brasil, faria suas coisas normalmente. Mas foi convencido por aliados a obedecer a Anvisa. Ficou com medo de perder apoio por causa disso. No fim, todos cederam um pouco.
*Por DCM