Os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro devem estar fumando coisa estragada. Só pode. Eles, surtados, estão chamando de “DataLula” a pesquisa divulgada nesta sexta-feira (17/09) pelo Datafolha e de “comunista” o jornal Folha S.Paulo –que publicou a sondagem sobre a eleição presidencial de 2022.
“DataLula” seria a junção Datafolha + Luiz Inácio Lula da Silva e rotular a Folha de “comunista” mostra a limitação intelectual dessa moçada que apoia Bolsonaro, além de serem “injustos”, como explico abaixo.
Os bolsonaristas não sabem da missa um terço. A pesquisa de hoje, apesar de aparentemente “ruim” para Bolsonaro, pode ter sido uma boia de salvação para o mandatário e a burguesia: nenhum candidato da tal “terceira via” se sobressaiu no levantamento, o que torna o presidente um candidato “viável” para a direita e a velha mídia corporativa.
Diferente do que disseminam os apoiadores de Bolsonaro, a Folha tem interesses bem definidos com a continuidade do bolsonarismo. Ela se opunha a Bolsonaro, mas concorda com todas as barbaridades econômicas, excludentes, que aumentam a fome e a pobreza no País. Nunca é demais lembrar que o jornalão paulistano, na verdade, é um banco [Moderninha, PagSeguro, PagBank] disfarçado de veículo de comunicação.
Ou seja, o recado do Datafolha foi claríssimo para Bolsonaro: ‘se não tem tu, vai tu mesmo’.
Será que precisa desenhar para os bolsominions?
- Em tempo: a Folha apoiou a ditadura e cunhou o termo “ditabranda” para dizer que o regime de exceção no Brasil, entre 1964 e 1985, foi “soft” se comparado com outras ditaduras latino-americanas; um horror.
*Por Esmael Morais