Foi rendição incondicional a cartinha divulgada ontem (09/09) pelo presidente Jair Bolsonaro, embora ele não acredite numa só vírgula do que foi escrito pelo antecessor Michel Temer.
Pode ter parecido suicídio político para com sua base, mas o que estava em jogo era a cadeira presidencial. Bolsonaro salvou a própria pele e de seus quatro filhos 01, 02, 03 e 04.
No “grande acordo” costurado por Temer, no entanto, não entraram Roberto Jefferson, preso há quase um mês; Zé Trovão, que açulou caminhoneiros contra o STF e o ministro Alexandre de Moraes; o jornalista bolsonarista Oswaldo Eustáquio; dentre outros extremistas.
Em troca, Bolsonaro conseguiu salvo-conduto para terminar o mandato –sem sofrer impeachment ou cassação– mas não poderá concorrer em 2022.
Bolsonaro estará fora da disputa em 2022, porém o grande acordo desabará se ele romper o entendimento com o Supremo facilitado pelo “fiador” Temer.
Foi Temer, o Vampirão Neoliberalista, quem indiciou Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal. Antes, “Xandão” fora seu ministro da Justiça.
Portanto, o golpe continua…
O acordão visa [novamente] impedir a volta de Lula à presidência da República em 2022.
Existem acordos que não precisam ser escritos porque são tácitos –“com Supremo e tudo”– lembra disso?
Foi assim que terminou a Semana da Pátria.
*Por Esmael Morais