Nos idos de 27 de abril, começava a CPI da Covid, em meio ao maior número de mortes diárias por covid-19, desde o início da pandemia. Naquele momento, ainda existiam aquelas pessoas que ainda defendiam o Kit Covid, futuramente rebatizado de tratamento preventivo, ou inicial. A pergunta é, onde foram parar essas pessoas? Com isso, surge uma outra pergunta importante. A quanto tempo você não escuta a palavra cloroquina?
Bolsonaro e suas redes de Fake News e robôs, simplesmente abandonaram a cloroquina pelo caminho. Não por acaso, o principal efeito da CPI da Covid, foi a vitória do óbvio, a cloroquina não funciona e sua utilização não foi por acaso, alguém lucrou muito com isso.
Na outra ponta, surgiram os atravessadores de vacina, o embargo à Pfizer e a escolha pela vacina indiana, Covaxin. Na medida em que os depoentes mais próximos do gabinete paralelo, como a tal Capitã Cloroquina, todas essas figuras quase folclóricas foram postos, um a um, nos seus devidos lugares. O medo de condenação e o abandono por parte de Bolsonaro, fez com que essas pessoas que davam verniz de realidade ao Kit Covid, se calaram. Até o presidente se calou, em relação à cloroquina e ela sumiu de seu vocabulário.
Lentamente, a cloroquina foi substituída pelo conflito institucional e o tal 7 de setembro. Bolsonaro sabe que perdeu e feio, na opinião pública e mesmo com certo retardo, a imagem de corrupto finalmente colou na sua testa.
Na medida em que o presidente perde suas justificativas e seus objetos de fetiche negacionista, sua capacidade de mobilização também reduz fortemente. Do Kit Gay e mamadeira erótica, ao kit covid, muita coisa naufragou no bolsonarismo. A pá de cal foi a CPI e agora, resta apenas a estupidez golpista.
Como bem disse Bolsonaro, ou é preso, ou é morto, ou vence a eleição. Eu fico com a primeira opção.