O presidente Jair Bolsonaro planeja usar a live semanal desta quinta-feira (02/09) para reforçar a convocação das manifestações em 7 de setembro, Dia da Independência, contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e contra o Congresso Nacional, que, nesta quarta (1º/09), rejeitou sua escravocrata minirreforma trabalhista.
Além de chamar apoiadores para os atos antidemocráticos, Bolsonaro ainda tende a voltar atrás e anunciar a retomada do horário de verão para este ano. Em abril de 2019, o presidente assinou decreto extinguindo o horário especial alegando pouca efetividade na economia energética.
“As conclusões foram coincidentes. O horário de pico hoje é às 15 horas e [o horário de verão] não economizava mais energia”, disse Bolsonaro no dia 25 de abril de 2019 em cerimônia no Palácio do Planalto, que extinguiu o horário de verão. Ele também justificou que não haveria queda na produtividade dos trabalhadores nesse período.
Empresários do setor de turismo afirmam que o horário de verão vai promover alguma economia de energia e permitir estender o funcionamento de atividades ligadas ao lazer, ajudando os negócios mais afetados pela pandemia.
Por causa dos “desinvestimentos” públicos [falta de recursos públicos] e privatização do setor energético, associados à crise hídrica, o Brasil poderá enfrentar apagão a partir de outubro ou novembro, o que poderá agravar a depressão econômica.
Ainda na live desta noite, Jair Bolsonaro vai comentar o julgamento do marco temporal no STF. Além de espalhar dados falsos, o presidente da República sinalizou que pode desrespeitar a decisão do STF sobre o tema.
“[A consequência da rejeição ao ‘marco temporal’ seria] uma área de reserva indígena equivalente ao Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Vai afetar em cheio o agronegócio”, declarou Bolsonaro na semana passada.
*Por Esmael Morais