Ao indicar Augusto Aras à recondução no cargo de Procurador-geral da República (PGR), Bolsonaro não só provou que se trata de alguém que “mata no peito” as piores denúncias contra si e contra seu clã, como comprovou o espírito bananeiro desse governo.
Assim como qualquer indicado, o reconduzido tem a obrigação de ser aprovado em sabatina no Senado. Foi nessa sabatina que Aras apresentou números para refutar a fama de “puxa-saco” de Bolsonaro. Segundo o PGR, suas decisões foram favoráveis ao governo, em “apenas” 70% dos casos.
Obviamente, Aras afirmou que suas decisões foram contrárias a Bolsonaro em 30% dos casos judiciais. Claro que o PGR fez essa abordagem para aliviar.
Em outros momentos, Augusto Aras afirmou que sua gestão é sóbria e não criminalizou a política, como fez a Lava Jato. Apresentou casos de pessoas que foram presas, mas que após cumprirem parte da pena, tiveram o processo extinto, como modelo do que deve ser combatido. É nesse sentido que o clima de aprovação de seu nome é forte, no Senado.