Flávio Bolsonaro, também conhecido como o Midas do chocolate, voltou às manchetes por sua modéstia. Até o mais tolo dos seres sabia que a informação de que sua mansão custou R$ 6 milhões pagos, segundo ele, com seus negócios com chocolate, era absolutamente contraditória. Diria mais, Flávio foi de uma modéstia louvável.
Um homem com a sorte de Midas que transforma chocolate em ouro, não é qualquer um, mas como é humilde, não quis dizer quantas caixas de bombons custou a mansão de R$ 14 milhões que alguns afirmam que, na realidade, custou R$ 16 milhões e não R$ 6 milhões, como afirmou o chefe do Queiroz, o mais festejado atleta olímpico de Rio das Pedras, templo sagrado da milícia carioca.
Tudo indica que o assunto dará pano para manga e, seguindo nessa crescente e ajustando direitinho, dá até uma esperança da CPI da covid, com uma campanha bem feita, investigar a relação causa e efeito entre a corrupção que envolve a compra das vacinas do ministério da Saúde e a mansão hollywoodiana do rei do chocolate.
Num ministério em que um cabo PM, que pode ter sido transformado em Marechal por Bolsonaro, conseguir agendar reunião com o comando da Saúde, nada pode ser descartado, até porque não se pode esquecer que o PM miliciano, Adriano da Nóbrega que foi condecorado por Bolsonaro existiu até ser morto numa mal explicada operação policial na Bahia.
Por essas e por outras, não dá para a CPI deixar e enfrentar tal reflexão e, quem sabe, buscar caminhos para apurar melhor todas as histórias que envolvem o clã do Vivendas da Barra.