Com Bolsonaro afirmando que atura seu vice, Hamilton Mourão, o comparando a um cunhado inconveniente, que não é parente, mas, que se deve suportar. Não só o ego do general, atingido diretamente pelo capitão pateta, pode pesar forte numa decisão que pode ocorrer nos próximos, quanto pode simplesmente deixar o capitão sem a cadeira de presidente. E se Mourão renunciar?
Nesse momento, o vice decorativo de Bolsonaro está sendo aconselhado a renunciar, por pessoas próximas e por oficiais do alto escalão do exército, do círculo próximo do “jumento de carga”. Se acatar o conselho, Mourão simplesmente abre caminho para a queda de Bolsonaro, que tanto o ataca e critica. Seria como largar “merda” no final da corda.
O cálculo é bem simples. Bolsonaro comprou o centrão e no primeiro lote adquiriu o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que jamais aceitará qualquer dos mais de 130 pedidos de impeachment. Porém, sem um vice, quem se tornaria presidente no lugar de Bolsonaro, caso sofresse um impeachment? O presidente da Câmara, Arthur Lira.
Quanto custa um presidente da Câmara dos Deputados, para assumir o desgaste de não aceitar um pedido de impeachment de um presidente genocida?
Seja qual for a resposta, nada pagaria o preço da possibilidade de se tornar presidente da República. Ou seja, com a renúncia de Mourão, caso ocorra, Arthur Lira poderia aceitar um pedido de impeachment e ao afastar Bolsonaro, após a aceitação, se tornaria presidente da República por, no mínimo quatro meses, e teria força para eleger um presidente, ou até mesmo, ser eleito presidente da República, na eleição indireta, por dupla ausência.
A conclusão é simples, se Mourão pedir o chapéu, Arthur Lira se tornará presidente. Alguma dúvida?