De cara, a capa de nacionalismo patriótico sumirá do ex-personagem central. Na verdade, a única coisa que deve ficar com o capitão genocida é a caneta Bic. Talvez uma só caneta não resolva o caso.
O centrão não quer o poder pelo poder, muito menos com ideias ou ideologias. O fisiologismo do centrão é absolutamente pragmático, por isso quer cortar pela metade os poderes de Guedes para que o dinheiro circule mais na praça, o que certamente vai desagradar o mercado.
Mas o centrão não é exatamente um escravo do mercado, convive bem com ele, mas não como súdito, o que interessa ao centrão é devolver o Brasil a uma ideia de política de colônia igualando seus poderes aos de Bolsonaro.
Por isso, sabendo que o aumento da miséria é um dos principais impedimentos para Bolsonaro recuperar alguma capilaridade política, o centrão investirá nesse caminho querendo a volta dos R$ 600 de auxílio emergencial, com um pequeno grande detalhe, quem vai se promover mais neste caso serão os senhores do centrão, o que deve trazer pouco efeito positivo à imagem de Bolsonaro.
Mas de alguma forma trará benefício, porém, muita coisa nesse teatro de conveniências será destravado, já que Bolsonaro só será abençoado no Congresso pelo velho centrão se for capaz de produzir vantagens diretas aos caciques partidários que integram esse poço sem fundo chamado centrão.
Não esperem, portanto, o grande espetáculo do crescimento. Todas as ações do centrão serão localizadas em determinado ponto do país com o objetivo de dar um choque de popularidade na figura de comando do centrão. E o que não falta é gente querendo um bom pedaço dessa massa de pão.
Essa, certamente, será a questão primeira que o rodamoínho bolso-centrão colocará. Não haverá uma composição de caráter nacional que torne a imagem pública de Bolsonaro algo que lhe renda um logradouro público. Na verdade, o centrão é miniaturista e, por isso, reproduz-se nos menores lugares e tem uma cena para cada chão de terra batida e forçará essa verdadeira aula de fisiologismo mesmo que a careta do mercado fique feia para Bolsonaro.
Essa é a arte política do centrão. Nada de impressionar as massas, mas focar em seu público e criar ilhotas eleitorais bem localizadas e programadas.