Bolsonaristas chegaram a fingir que a internet havia caído para interromper a votação.
Parlamentares da oposição denunciaram a ilegalidade e a presidência foi tomada.
Paulo Eduardo Martins, do PSC, presidente da Comissão do Voto Impresso, decidiu colocar a bola debaixo do braço e encerrar a sessão em que o tema seria apreciado nesta sexta-feira.
Percebendo que o texto seria rejeitado de goleada, achou melhor retirar o time de campo, numa decisão vergonhosamente unilateral, merecendo duras críticas dos parlamentares da Comissão que, corretamente, classificaram de molecagem a manobra picareta, como é comum no mundo da terra plana.
Então, o deputado do PT, Arlindo Chinaglia assumiu a presidência da Comissão e afirmou que o artigo 21 dava-lhe a garantia de presidir, já que o presidente de forma vigarista e ilegal a encerrou.
Chinaglia ainda denunciou a malandragem do presidente da Comissão de manter aberto somente o microfone do relator, além dos parlamentares bolsonaristas terem simulado uma queda na conexão da internet, fingindo não ouvir os demais parlamentares que denunciavam a picaretagem.
A deputada Fernanda Melchionna, do Psol, fez um tuíte explicando a manobra dos bolsonaristas.
A extrema-direita fez uma molecagem sem tamanho. De forma ilegal, o presidente da comissão encerrou a sessão e desligou os sons. Medo da derrota iminente! Não ganham no voto e estão tentando no tapete. Não vamos deixar assim. #votoimpressoNAO pic.twitter.com/xeHXQ67Wjd
— Fernanda Melchionna (@fernandapsol) July 16, 2021
*Da redação