Sem sombra de dúvidas há dois personagens que muitos progressistas terão grande gosto em chamar de “meu canalha preferido”, um é Gilmar Mendes, do STF e o outro é Renan Calheiros, relator da CPI da Covid.
Para se ter ideia da importância de Calheiros para o futuro da democracia no Brasil, basta lembrar que quem elaborará o relatório final que gerará um pedido de impeachment, ou até mesmo ação criminal no STF, será ele. Ou seja, após a elaboração do relatório, ao ser aprovado pelos componentes da CPI, ele gerará efeito prático e que certamente será devastador para Bolsonaro, é o que o discurso inaugural do relator demonstrou hoje.
Renan começou com fala moderada e sem críticas, mas, do meio para diante, seu discurso foi educado e obviamente duro para o bolsonarismo. Com boas frases de efeito, Renan deu um recado ao governo Bolsonaro de que todos sabem os crimes, o que falta agora, é a materialidade das provas, que não faltarão. Veja algumas das boas passagens do discurso.
“Pela isenção e imparcialidade que a função impõe”, independente de “valorações pessoais” e opiniões. “Não somos discípulos de Deltan Dallagnol, nem de Sergio Moro”..”teses sem provas ou power points contra quem quer que seja” e não “desenhará o alvo para depois disparar a flecha”. Segundo Renan, a CPI não será um “cadafalso com sentenças pré-fixadas ou alvos selecionados”. Ele se comprometeu a fazer uma investigação “técnica, profunda, focada no objeto que justificou a CPI e despolitizada”.
“Estaremos discutindo aqui o direito à vida, não se alguém é direita ou da esquerda”, declarou Renan. As opiniões e impressões que ele tiver, disse, estarão sempre “subordinada aos fatos” apurados. “Serei relator, não das minhas convicções, mas o redator do que aqui for apurado e comprovado. Nada além, nada aquém”, afirmou.
Disse que a CPI lutará pelas “Garantias civilizatórias que tantas vezes foram negligenciadas nos últimos tempos e que só contribuem para reprovável erosão das instituições”, acrescentou. “Não estamos aqui para maquinar ações persecutórias, para blindar, engavetar, tergiversar ou procrastinar”, disse.
“o negacionismo em relação à pandemia ainda terá de ser investigado e provado, mas quanto ao negacionismo em relação à CPI da Covid já não resta a menor dúvida”.
“Estaremos aqui para averiguar fatos e desprezar farsas”, reforçou. A comissão, segundo Renan, “será um santuário da ciência, do conhecimento e uma antítese diária e estridente ao obscurantismo negacionista e sepulcral, responsável por uma desoladora necrópole que se expande diante da incúria e do escárnio desumano”. Será a comissão “da sacralização da verdade contra o macabro culto à morte e contra o ódio”, continuou.
Para Renan, “contrapor o caos social, a fome, o descalabro institucional, o morticínio, a ruína econômica e o negacionismo não é uma predileção ideológica ou filosófica, é uma obrigação democrática, moral e humana”. Ele classificou como “os inimigos da relatoria” a pandemia e pessoas que “por ação, omissão, incompetência ou malversação, se aliaram ao vírus e colaboraram com o morticínio”.
*Com trechos de Revista Exame
Giovani Donizetti de Souza
abril 27, 2021 at 11:00 pmTEM QUE MOSTRAR A VERDADE O QUE ESSE GOVERNO FAZ PARA O POVO. SÓ SE VÊ ÓDIO NESSE GOVERNO DOS INCOMPETENTES. SÓ SABE TIRAR DO POVO E NÃO DA NADA. PARA A TURMA DELE TEM TUDO E PRA ELE TAMBÉM. OS MILITARES QUE PARTICIPA DO GOVERNO ESTA MOSTRANDO QUE NÃO E COMPETENTE PRA NADA. ESTA DEIXANDO A DESEJA O QUE SÃO CAPAZ DE FAZER. SÓ MALDADES.