O UOL fala de professoras de escolas de elite de São Paulo que relatam cansaço, pressão dos pais e de diretores e situações em que foram constrangidas a voltar a trabalhar presencialmente, mesmo sem se sentirem seguras.
“Por parte dos pais, um comportamento que as docentes também relatam é gravar alguma parte da aula dos filhos que não consideram boas e enviar à direção para reclamar”, relata a reportagem.
O sindicato da categoria afirma que somente na última semana recebeu 66 denúncias contra escolas, com acusações que vão desde convocações para aulas presenciais, problemas com os protocolos sanitários e o não cumprimento de uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho que protege quem é do grupo de risco ou vive com pessoas nestas condições.
É uma matança.
Daniel, cientista político e educador, membro do Conselho Universitário da Universidade Federal de São Paulo, comentou a notícia.
Alguns pais e mães de escolas de elite não se preocupam com a qualidade do ensino, se preocupam apenas com a ocupação dos filhos.
Nenhum professor vai lecionar bem com medo, as aulas serão péssimas.
Esses pais e mães tratam a escola do mesmo jeito que vão a um bar ou shopping, por isso comparam esses estabelecimentos com escolas: é só uma relação de consumo, não é uma relação de direito, de cidadania.
Essa elite econômica é genocida e mal sabe que é também suicida.