A sinalização de desistência do governo Bolsonaro agora e no futuro, pode ser simbolizada pelo desejo crescente de que o General Hamilton Mourão, não deva compor chapa com o capitão, nas eleições de 2022.
A insatisfação de Bolsonaro com Mourão já contava para os primeiros desafetos nas forças armadas, em especial, entre os oficiais da ativa e os defensores da democracia. O ponto de inflexão final se deu na crise da troca do ministério da Defesa, que resultou na troca dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.
A quase ruptura do presidente com os militares, foi acompanhada da insatisfação com a ala olavista, ao dar descarga na “privada” do Itamaraty, quando o chanceler pateta, Erenesto Amaral, foi por “água abaixo”.
Nesse sentido, O governo atual acabou e começou o governo do Centrão. Bolsonaro apenas tenta se manter no poder até as próximas eleições, quando o capitão tentará reaver sua força política, vencendo as eleições 2022. O que será bem difícil.
O exército, que é sócio do genocídio da pandemia, agora, começa a correr pelo convés de um governo que naufraga a olhos vistos. É daí que surge o descontentamento da aventura militarista de Bolsonaro, eleito na esteira da estupidez punitivista da Lava Jato.
Como Bolsonaro é um imenso oco cerebral, os militares temem um desgaste acentuado na sociedade. Se o desgaste obtido com o golpe de 1964 e a ditadura posterior foi profunda, mas, associou as forças armadas à violência, o aprofundamento da pobreza, a violação de direitos humanos, bem como tortura e outras ações de pura estupidez, a associação com Bolsonaro torna os militares um símbolo de associação para a mais pura burrice.
Bolsonaro, em 2022, terá grande dificuldade de realização acordo políticos e entrará em 2022, sem os militares, sem os olavistas terraplanistas e contando apenas com o pior chorume neopentecostal. O que se desenha é uma eleição em que lentamente, Bolsonaro poderá se tornar o primeiro candidato à reeleição que ficará fora do segundo turno, po inanição política.