Que o ministro indicado por Jair Bolsonaro poderia tomar decisões em favor de seu padrinho, isso não há dúvidas, mas, decisões e votos que beiram o ridículo, passam do limite. Nunes Marques, além de emitir um voto ridículo e nonsense para não tornar Sérgio Moro suspeito, no recursos apresentado pelo ex-presidente Lula, concedeu o direito de evangélicos manterem os cultos presenciais em todo o país, em plena pandemia.
Nunes simplesmente atendeu à estupidez de Bolsonaro, na “cara dura”, acatando o argumento de que o fechamento das igrejas infringe o direito de livre manifestação de culto religioso, presente na constituição.
Obviamente, o reconhecimento desse direito se aplica em momentos normais, não em caso de pandemia, já que o direito a vida é superior e preponderante ao direito ao culto. Nesse momento, o exercício do direito ao livre culto religioso significa por em risco o direito básico à vida. Nem precisa ser muito inteligente para decidir qual é o mais importante direito, entre ambos.
Gilmar Mendes, como das ultimas vezes no STF, corrigiu o erro absurdo de Nunes Marques, vetando o exercício de vultos religiosos em templos, no estado de São Paulo.
Como a decisão é conflitante entre dois ministros, o presidente da corte, Luiz Fux, levou o caso ao plenário do STF. Certamente o pleno corrigirá a “burrada” do ministro bolsonarista, que fez jus ao termo “covarde” usado por Gilmar Mendes para classificar o ministro.