Sejamos bastante razoáveis, todos sabem que o problema de Bolsonaro é ganhar o máximo de tempo possível para instrumentalizar as instituições que podem colocar na cadeia todo o clã por organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato.
Isso somente com o rombo que o clã faz no erário. Se puxar a fieira da milícia, esse texto não terá fim.
Dito isso, Bolsonaro, que acorda e dorme de olho na sua aprovação, por motivos óbvios, sabe perfeitamente bem que está sangrando em praça pública e esse processo acelerou ainda mais com a elegibilidade de Lula. Ou seja, Lula entrou em campo, e não sem motivos, Bolsonaro amarelou.
Bolsonaro tentou usar Kassio Nunes, ministro que ele colocou no STF, para impedir a volta do maior fenômeno político da história do Brasil, Lula, que saiu do governo com recorde de 87% de aprovação e, agora, volta à disputa com uma militância ainda mais aguerrida porque está mordida com todo o esquema que foi montado, principalmente por Moro, para condenar e prender a maior liderança política do Brasil.
Bolsonaro tem informações de que os líderes mundiais que se posicionaram a favor da vida de seu povo, antes da preocupação econômica, gozam de alta popularidade.
Então, pergunta-se, por que Bolsonaro escolheu o caminho oposto sabendo que lhe custaria um desgaste tão árduo já que precisa tanto permanecer no poder?
A resposta é uma só, incompetência.
Bolsonaro é um incompetente que se cercou de incompetentes para dar a eles ordens que são devidamente obedecidas.
Pazuello, neste caso, é a figura proeminente do desastre administrativo desse governo. Chegou fardado como general da ativa, apresentando-se como craque da logística, e deu no que deu, uma tragédia e, como isso, provou que foi formado pela mesma escola dos desastrados militares que fizeram do Brasil terra arrasada em 21 anos de ditadura.
Os militares endividaram o Brasil no FMI, enfiaram na direção das grandes estatais uma horda de incompetentes e, para encurtar o assunto, levaram o país à bancarrota, expandindo e muito o favelamento, a pobreza, a miséria e a fome, com uma hiperinflação que deixaram de herança como a principal marca de uma tragédia administrativa nunca antes vista.
Bolsonaro tem escola e seus principais ministros, que são militares, não fogem aos seus, nem combateu a pandemia por não saber administrar o SUS, o maior Sistema Público de Saúde do mundo e, muito menos, daria no coro diante de um desafio econômico da monta do Brasil se nem nos tempos de paz os ineptos conseguiram mostrar qualquer traço de competência nas políticas econômicas, assim como aconteceu em todos os setores e todas as pastas desse governo.
Somente isso explica um sujeito, que precisa manter e aumentar a sua popularidade, optar pelo caminho que lhe joga no inferno político, com consequências imediatas e irreversíveis na sua cada vez mais distante reeleição.
Bolsonaro age assim, porque é um psicopata que, diante de uma situação de estresse, uniu-se ao vírus contra o povo brasileiro com a justificativa de preocupação com a economia que é outra tragédia.
*Carlos Henrique Machado Freitas