Tudo indica que os vizinhos asiáticos da Índia sejam atendidos antes de qualquer outro país do mundo, incluindo o Brasil.
Todo o circo armado por Bolsonaro, em parceria com o Itamaraty, fez parte da guerra contra a vacina Coronavac para atingir seu, hoje, adversário político, Dória.
A carta enviada por Bolsonaro ao ministro indiano, Narendra Modi, teve como resposta um gigantesco NÃO, acompanhado de, “é cedo demais para enviar vacina ao Brasil”.
Na melhor das hipóteses, o que poderia ser feito, numa previsão otimista, é que o fornecimento de vacina pela Índia ao Brasil, ocorreria somente em fevereiro, porque, ao contrário de Bolsonaro, Modi usa como bandeira política a vacinação do seu povo, além de liderar uma campanha classificada por ele como a maior de vacinação no mundo.
Bolsonaro, que minimizou a gravidade do vírus, estimulou a desobediência sanitária básica como distanciamento social, uso de máscara e receitou, como continua receitando, a modo e gosto, cloroquina, como forma de prevenção, absolutamente ineficaz, além de dedicar-se exclusivamente, nessa pandemia, a se aliar ao vírus, fazendo com que o país, junto com os EUA, lutasse contra o vírus e os dois vermes, Trump e Bolsonaro que, juntos, produziram o maior morticínio do mundo.
Por isso, mais do que nunca, é preciso repudiar, espinafrar Bolsonaro, já que as instituições brasileiras não têm força ou vontade política para punir um presidente que age a bel prazer a partir de uma mente assassina para abastecer o instinto de morte de seus adoradores.
Agora, o mundo assiste até o Afeganistão recebendo doses de vacina da Índia, e o Brasil, que sempre foi a maior referência de vacinação do mundo, numa correria desenfreada para conseguir xepa de vacinas, porque o governo militar que comanda o país empurra duas centenas de milhões de brasileiros ao Deus dará.
Bolsonaro, assim como o Itamaraty, num ato criminoso, declarou à sociedade brasileira que estava garantido, e com sucesso, a entrega de 2 milhões de doses da vacina Oxford, por conta de uma excelente relação entre Brasil, Reino e a Índia, porém, o que se confirmou foi justamente o oposto, uma derrota diplomática que desembocou numa grande derrota política de Bolsonaro, porque todos os relacionamentos estratégicos costurados pelo Brasil por Lula e Dilma foram dinamitados por Bolsonaro em nome dos interesses de Trump e não dos brasileiros.
*Da redação