Bolsonaro disse ter feito sua parte. Promoveu aglomerações e se omitiu na ajuda a Manaus

Bolsonaro disse ter feito sua parte. Promoveu aglomerações e se omitiu na ajuda a Manaus

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Bolsonaro foi alertado dias antes e não fez absolutamente nada para evitar a catástrofe em Manaus. Teve uma semana para agir e evitar o colapso no fornecimento de oxigênio em Manaus e deu de ombros.

Hoje, o déficit de Manaus chega a 46,5 mil metros cúbicos de oxigênio por dia ou 4.650 cilindros.

Não é de improviso que se chega a um absurdo desses. Tem que haver muito descaso, muita frieza e uma total falta de compaixão.

Pior, tratar como privilégio o que é direito da população, como bem disse um rapaz morador de Manaus, aos prantos, que teve seus pais mortos, no mesmo dia, como afogados por desprezo total que Bolsonaro tem pela vida de quem não é de seu sangue.

Mas a questão se agrava ainda mais quando vimos o mesmo genocida promovendo e protagonizando aglomerações, ao convocar os brasileiros para se filiarem ao corredor da morte. E Bolsonaro faz isso com um gozo cruel, característico de quem tem na morte seu meio de vida. De quem tem o mal como aliado.

Ao desembarcar nas praias paulistas, Bolsonaro convocou milhões de brasileiros para um mergulho no inferno.

Por outro lado, todos perguntam, aonde estão as Forças Armadas que não agiram para salvar a população de Manaus?

A resposta está escancarada.

Como o orçamento militar para 2021 cresceu 4,7% e o da Educação 2%, os militares foram reduzidos a mera polícia bolsonarista e a tragédia de Manaus não mereceu atenção deles na guerra de aniquilação que Bolsonaro promove contra o povo.

Bolsonaro pode ser, como é de fato, um absoluto incompetente para governar o Brasil, mas é forçoso dizer que não sabe comprar militares.

A tragédia em Manaus, para Bolsonaro, foi um sucesso. Como gostam de dizer os bolsonaristas nas redes “foi pra isso mesmo que votamos nele”.

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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