Esse clima já existia, mas com a tentativa frustrada de golpe insuflado por Trump apoiado por Bolsonaro, a coisa se agrava e se adensa a cada minuto.
O fato é que há uma “nova ordem mundial” com a chegada de Joe Biden e Kamala Harris na Casa Branca e, sem sombra de dúvida, Bolsonaro está fora. Mais que isso, está do outro lado da margem do rio sendo visto como inimigo a ser abatido.
Aqui no Brasil, enquanto mata mais de 200 mil brasileiros por Covid, Bolsonaro comemora o recorde de 180 mil armas vendidas no Brasil em 2020.
O futuro de Bolsonaro depende do futuro de Trump. Se Trump for condenado por golpismo, Bolsonaro pode juntar os panos de bunda.
O Estadão, que estampou em garrafais, IMPEACHMENT! durante o golpe contra Dilma, agora, pede a cabeça do monstro que ajudou a criar.
Nem o mais demente dos ingênuos acredita que o tuite de Villas Bôas, tempos atrás, lido por Bonner no Jornal Nacional, contra o habeas corpus de Lula, não foi missa encomendada pelos Marinho para que Bolsonaro se transformasse em presidente.
O que a história dos militares no Brasil escancara?
Eles sempre estiveram prontos para entrar em guerra contra o povo brasileiro.
Coordenados pela mídia, em 2016 e 2018, não tivemos golpes militares, mas golpes com militares dando garantias aos golpistas.
Os militares estiveram no golpe ao lado de Temer e participaram sorrindo do governo do corrupto. Dobraram a aposta com Bolsonaro.
Ontem, mais de 4 mil americanos morreram de Covid por culpa de Trump. Ele e Bolsonaro, juntos, em apenas 24 horas, promoveram quase 6 mil mortes.
Trump desabou e Bolsonaro, que se jogou no abismo por seu ídolo, está soterrado debaixo dos escombros.
Seu calvário começa aí.
Sozinho, Trump se humilha no purgatório e trai seus seguidores golpistas. Mas seu inferno começará verdadeiramente a partir do dia 20 de janeiro depois da posse de Joe Biden.
Bolsonaro terá um lugar quentinho nos quintos.
*Carlos Henrique Machado Freitas