Esmael Morais: A greve de fome dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação da rede estadual do Paraná, na porta do Palácio Iguaçu, entra em seu terceiro dia sem que o governo Ratinho Jr, (PSC) apresente uma proposta para negociar com a categoria. Sem respostas, APP-Sindicato decidiu pela continuidade da greve e convocou para esta segunda-feira (23), às 9h, uma concentração na Praça 19 de dezembro, no Centro Cívico.
O grupo em greve de fome é composto por 29 educadores que já demonstrou sinais de debilidade. Apesar disso, todos(as) manifestam disposição para continuar a resistência por tempo indeterminado. Uma equipe médica permanece local para atendimento e monitoramento dos sinais vitais.
“Só estamos aqui na porta do governador porque a Secretaria da Educação não nos ouviu nesta pauta. Continuaremos em luta até que sejamos atendidos”, declarou a secretária de Finanças da APP-Sindicato, professora Walkiria Mazeto.
Desde 2005, o governo do Paraná tem utilizado o PSS para suprir o déficit de educadores(as), burlando a finalidade deste tipo de contrato que, segundo a legislação, só deveria ser aplicado para casos emergenciais e realmente temporários.
O sindicato também denuncia que o governo selecionou pelo menos 117 escolas com ensino noturno, que não poderiam ser incluídas programa de colégios cívico-militares. Um dos critérios previstos na lei é que a escola não tenha aulas no período da noite.
Caso a medida não seja revista, a estimativa do Sindicato é de que 400 turmas frequentadas por jovens e adultos serão fechadas em todo estado, cancelando as matrículas desses(as) estudantes nestas unidades e reduzindo os postos de trabalho dos(as) profissionais da educação.
O Sindicato também já recebeu dezenas de notas enviadas por entidades, movimentos e autoridades de todo o estado e de várias regiões do Brasil, registrando apoio aos educadores paranaenses.
*As informações são da APP-Sindicato-Com edição do Blog do Esmael