Segundo a Folha, a polícia civil de João Dória, padrinho político de Bruno Covas, teria feito uma operação contra a ocupação Vila Nova Palestina, do MTST, no extremo sul de São Paulo. A matéria afirma que houve um flagrante de tráfico de drogas, enfatizando que o movimento é liderado por Guilherme Boulos, atual candidato do PSOL e adversário do tucano Bruno Covas, que tem o apoio tácito da mídia.
A matéria disse: O homem que foi preso nesta quinta confessou atuar no tráfico local, definido por ele como “biqueira da Palestina”. A Vila Nova Palestina é uma das maiores ocupações urbanas do Brasil, e estima-se que ali morem mais de 7.000 pessoas.
O problema é que a operação não foi realizada na ocupação do MTST, mas, em uma área vizinha à ocupação. Como afirma a nota do MTST. Leia.
NOTA DE REPÚDIO
Ao contrário do afirmado de maneira caluniosa pela Polícia Civil sob comando de João Dória (PSDB), padrinho político do candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB), a diligência realizada nesta quinta-feira (19) não foi feita na ocupação Vila Nova Palestina, e sim num área vizinha, arrendada, no bairro Jardim dos Reis, na divisa com o município de Itapecerica da Serra.
A área onde existe a ocupação tem cerca de 1 milhão de metros quadrados e atravessa cinco bairros, dos quais apenas 300 mil metros quadrados são de área de ZEIS (Zona Especial de Interesse Social) efetivamente ocupada pelo MTST.
Importante lembrar ainda que o próprio estatuto do movimento reforça a legislação brasileira e proíbe terminantemente o uso de entorpecentes nas áreas ocupadas.
Por fim, o MTST repudia veementemente a tentativa difamatória de relacionar um movimento social legítimo – e que já garantiu moradia para mais de 20 mil pessoas – a práticas criminosas. Repudiamos também, de maneira enérgica, o uso político da Polícia Civil do Estado de São Paulo para tentar interferir, a 10 dias do segundo turno, nas eleições municipais deste ano.
– Jussara Basso, coordenadora estadual do MTST e coordenadora da ocupação Vila Nova Palestina.