Corriqueiramente citado por diversos progressistas como objeto de nostalgia do período pré-Trump, Obama está muito distante de ser uma pessoa que lutou por alguma igualdade ou bem-estar da população mundial. Ao contrário, o maior escândalo de espionagem da história do planeta, o da NSA, foi em seu governo e por isso, a onda de golpes de estado baseados da coordenação EUA/Judiciário e Ministérios Públicos locais, na América Latina, foi obra do governo Obama.
Chega a ser estranho que Obama critique as posturas de Bolsonaro, em consonância com Trump, já que o presidente brasileiro é uma cria dos golpes que destruíram a democracia na América Latina.
A crítica do ex-presidente americano foi feita, obviamente, no programa Conversa Com Bial, da Globo e foi um prato cheio para que o jornalista Pedro Bial citasse um trecho do livro de memórias de Obama, em que fala de Lula, como sendo o líder mundial que mais fez o Brasil avançar, mas, que por trás havia um esquema mafioso corrupção.
Ora, Obama esqueceu que o Lobby que levou o Brasil ao suposto esquema mafioso é ilegal aqui, mas, é legalizado nos EUA? Ou seja, a corrupção e a compra de deputados e congressistas americanos respeita regras legais e permitidas. A pergunta é, quanto custa um parlamentar americano? E um presidente, quanto custa? E pior, quanto custa um Nobel da Paz?
Obama foi agraciado pelo Nobel da Paz sem ter feito nenhuma movimentação pela paz, ou contra a fome mundial, por exemplo. Ao contrário, enviou mais tropas para a guerra no Oriente Médio, bombardeou a Síria, promoveu golpes de estado em guerras híbridas, que levaram sistemas políticos à ruína e empurrou um nazista para o poder no Brasil e também na Ucrânia.
Nada a favor de Trump, mas, a esquerda está ressurgindo na América do Sul, não por acaso, é que os democratas negligenciam interferências nos governos pelo mundo. Já os “santos” democratas, tem em seu currículo todos os golpes de estado a que o Brasil foi subjugado. Em todos os golpes, sem exceção, o governo americano era liderado por um democrata e Obama não foge ao mesmo cinismo.
A participação de Obama em um programa da Globo, atacando Lula e se deixando usar para uma espécie de direita limpinha é o símbolo do que foi o golpe de 2016, sob a batuta de um pau-mandado da CIA, durante o seu governo. O ex-presidente americano foi uma lástima para o mundo, como governante e para o Brasil, pior ainda.