Embora os resultados da pesquisa divulgada sobre a nitazoxanida (Annita) comprove que ela realmente ajuda a reduzir a carga viral, no início da doença, a mesma pesquisa também aponta que os resultados no sintoma e na gravidade da doença não são significativos. Nem a tosse, nem a febre e nem a falta de ar são reduzidos com o Annita, nem os número das hospitalizações é reduzido.
Segundo artigo publicado hoje na plataforma medRxiv, não há diferença entre o processo de cura dos sintomas entre os pacientes que tomaram o Annita e os que tomaram o placebo. Mas o medicamento “é seguro e diminuiu significativamente a carga viral, aumentando a proporção de pacientes que testaram negativo para coronavírus após cinco dias”.
O pesquisador da Unifesp, em virologia e infectologia, Alison Chaves, apontou, na Revista Questão de Ciência, que: “Ela [a redução da carga viral] não tem grande significado médico, dado que essa informação não altera a conduta clínica nem se relaciona diretamente com o quadro do paciente”.
Portando, o que foi apresentado com pompa e circunstância por Bolsonaro e pelo Ministro de Ciência e Tecnologia, Marco Pontes, com direito a gráfico fake e uma espécie de “missão cumprida”, não passa de mais uma balela de algo que a ciência comprova o contrário.