O mercado perdeu a paciência com o Bolsonaro, é recado que passa o editorial da Folha.

O mercado perdeu a paciência com o Bolsonaro, é recado que passa o editorial da Folha.

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A ausência de projeto econômico custou a ser cobrada pelo mercado, mas a cobrança chegou com a fatura já vencida.

O editorial da Folha mostra que, se não acabou o amor entre o governo Bolsonaro e o mercado, este não pretende fazer as pazes enquanto o governo não apresentar uma agenda com os “pés no chão” que elimine de vez o sonho de ampliar o Bolsa Família, mesmo que o Congresso faça a proposta nesse sentido.

Isso vira uma sinuca de bico para um governo que não apresenta projeto não só na área econômica como em todas as áreas e, por isso mesmo está dependente de um auxílio direto para as camadas mais pobres da população para sustentar uma efêmera aprovação de Bolsonaro.

“O financiamento de um Bolsa Família maior criará despesa obrigatória de tal monta que impedirá a recuperação do investimento público e limitará a prestação de serviços do governo, que se torna uma máquina que paga salários e não tem capacidade operacional.”

O editorial não deixa lacuna e avisa que o mercado já mostrou os dentes para Bolsonaro, Guedes e cia., contra qualquer insinuação de gastos não permitidos pelos donos do dinheiro grosso. E finaliza avisando:

“Falta um projeto crível para o Orçamento de 2021, e o governo semeia confusão no debate de projetos urgentes em tramitação no Congresso. A preocupação maior de Bolsonaro é se eximir de decisões difíceis, confiante na ideia de que a irresponsabilidade não tem custos. É um grave equívoco, e os credores do governo já começaram a cobrar o preço da negligência”.​

*Da redação

*Foto destaque: Pedro Ladeira

 

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