A realidade é bem mais simples e lógica do que é mostrado pela grande mídia, que se alia ao governo com políticas ultra-liberais no mercado, para cria a ideia de que “as coisas são assim mesmo”. Há um nexo de causalidade no preço do arroz, feijão, óleo e outros insumos, e nada da realidade cabe na explicação estúpida de Paulo Guedes.
Guedes afirmou o que o preço do arroz de elevou por que o pobre tá ganhando muito. Vindo de um economista obtuso, nem causa surpresa. Trata-se de um “animal de rabo” tentando esconder o fato, o Brasil abandonou as reservas estratégicas de alimentos, para regular os preços.
O discurso ultra-liberal de Paulo Guedes é a de não participação do governo na economia. Portanto, o abandono dos estoques regulatórios da segurança alimentar serem reduzidos a quase zero não é um acaso, mas, uma política intencional. Note, segundo informa o superintendente da Conab, Allan Silveira dos Santos, a última vez que houve abastecimento dos silos, foi em 2010. Afirmou ainda, que é natural o abastecimento e a redução progressiva ao longo tempo, mas, que em certa medida, ao passar dos anos, haja a reposição, que não houve.
Para compreender o tamanho do problema, durante os governos Lula e Dilma, o arroz chegou a custar menos nominalmente que nos anos 1990, mesmo com a inflação do período.
Tanto FHC, quando Temer e Bolsonaro, levaram a cabo um modelo de liberalização completa do estado, o que implica na não participação do estado, na economia. O resultado é a exposição do povo ao que é praticado pelo mercado e essas variações, que já ocorriam nos combustíveis, passam a ocorrer nos alimentos. Se ninguém frear esse animais, chegará à saúde e à educação, completando o desastre social de um povo.
TRECHO DA MATÉRIA DO UOL
O caso do arroz chama a atenção. Em 2010, havia armazenadas quase 1 milhão de toneladas do grão, volume que despencou para 21 mil toneladas —patamar mantido desde fevereiro do ano passado a até agora.
Na análise ano a ano, é possível perceber uma curva ascendente no estoque de arroz nos três primeiros anos, chegando a casa de 1,5 milhão. Porém, após agosto de 2012, os silos só foram perdendo grãos.
O superintendente de gestão da oferta da Conab, Allan Silveira dos Santos, observa que houve duas compras de arroz durante o período: em 2011 e 2018. “Em 2014, foi feita a maior parte da venda. É natural que os estoques comecem num patamar e vão caindo.”
Diferentemente de outros produtos, o arroz pode ser armazenado por anos. Porém, segundo o superintendente, os custos de estocagem são altos —os valores não foram informados.
Tudo bem que o produto valorizou agora, mas a gente nunca sabe quanto tempo será necessário ficar estocado. Pode ser um ano, cinco anos.
Allan Silveira dos Santos, da Conab
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