Mensagem de Bolsonaro a Moro vaza: “Tenha a dignidade de se demitir.”

Mensagem de Bolsonaro a Moro vaza: “Tenha a dignidade de se demitir.”

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O ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, se tornou uma das maires celebridades políticas do país, ao se tornar o maior justiceiro do judiciário brasileiro, quando ainda era o “super-juiz” da Lava Jato, na primeira instância de Curitiba. Moro adquiriu esse status, após usar do cargo de juiz para demover o ex-presidente Lula das eleições de 2018, levando Bolsonaro à presidência república e, posteriormente, se tornando ministro do próprio presidente que elegeu.

Moro, portanto, ao ter “ouvido” de Bolsonaro que se ele quisesse divergir do presidente, que deveria “ter a dignidade de se demitir”, é uma humilhação ao mais egocêntrico juiz que o Brasil viu em sua história. Trata-se, acima de tudo, da justa consequência de seus atos destrutivos e deletérios para seu próprio país. Prendeu o candidato que venceria em primeiro turno para eleger um fascista, mais egocêntrico que ele mesmo. O resultado está aí, na matéria abaixo, do 247:

A Polícia Federal encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) relatório que contém uma troca de mensagens inédita entre Jair Bolsonaro e o então ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro.

Como mostra o blog do jornalista Fausto Macedo, a conversa ocorreu no dia 12 de abril. Neste dia, Bolsonaro encaminhou notícia publicada no jornal Valor Econômico na qual Moro opinava que a polícia poderia prender quem descumprisse o distanciamento social e quarentena – ambas medidas eram criticadas pelo presidente à época.

“Se esta matéria for verdadeira: Todos os ministros, caso queira contrariar o PR, pode fazê-lo, mas tenha dignidade para se demitir. Aberto para a imprensa”, escreveu Bolsonaro a Moro.

Moro respondeu em seguida: “O que existe é o artigo 268 do Código Penal. Não falei com imprensa”. O artigo 268 considera crime punível com detenção de um mês a um ano a quem infringir determinação do poder público que se destina a impedir propagação de doença contagiosa.

O relatório da PF analisou conversas trocadas entre Bolsonaro e Moro durante o período de 12 a 23 de abril – um dia antes de Moro pedir demissão do cargo acusando Bolsonaro de tentar interferir indevidamente na Polícia Federal.

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