Na noite de sexta-feira (4), o coach e candidato a prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), publicou nas suas redes sociais um documento falso para tentar imputar ao deputado federal Guilherme Boulos (Psol), seu adversário e líder na corrida eleitoral pelo último Datafolha, o uso de drogas.
Boulos prontamente reagiu ao apontar a falsidade do documento criminoso e entrou com notícia-crime para a prisão de Marçal. Sua campanha ainda divulgou nota condenando a atitude: “Marçal mostra mais uma vez ser um criminoso recorrente, que usa de mentiras absurdas para atacar a honra e a reputação e tentar promover uma manipulação sem precedentes no processo eleitoral”, traz.
O Instagram removeu a nova fake news do coach, que por todo período eleitoral tentou disseminar a mentira contra o deputado. Ele teve os seus perfis bloqueados pela justiça, porém criou contas reservas para driblar a justiça. Neste sábado (5), o juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, determinou a exclusão de vídeos que fazem referência ao documento nas plataformas.
O juiz Colombini colocou sigilo da notícia-crime apresentada contra Marçal e encaminhou o caso para o núcleo do Juízes de Garantia. O Ministério Público também deverá se manifestar, porém não há prazo para a avaliação do pedido.
Por sua vez, Boulos apresentou no último debate eleitoral, promovido pela Globo, exame toxicológico negativo para o uso de drogas, como forma de rebater as mentiras de Marçal. Na ocasião, o candidato do Psol disse: “Para a gente encerrar de uma vez por todas esse tipo de acusação, porque é baixo e ataca a família, está aqui: fiz o exame toxicológico. Faça o seu, Marçal, e faça o psicotécnico também”.
Documento falso de Marçal
O laudo criminoso, que aponta para uma falsa busca de atendimento psiquiátrico por uso de drogas, tem as digitais de um amigo de Marçal.
Como apontado pela colunista da Folha, Mônica Bergamo, a clínica Mais Consulta, que consta no documento falso, pertence a um amigo de Marçal que já foi condenado por falsificação de documento público e uso de documento falso.
O nome dele é Luiz Teixeira da Silva Junior, que tem uma série de fotos ao lado do candidato do PRTB. Além disso, a falsificação grosseira errou dados de Boulos, assim como a logotipo da clínica, e utilizou a assinatura de um médico já falecido que não era da área de psiquiatria.
Confira os apontamentos de Boulos sobre a falsificação da campanha de Marçal:
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*Brasil de Fato