Genocídio e genocidas: um tema do presente, passado e futuro

Genocídio e genocidas: um tema do presente, passado e futuro

Compartilhe

Infelizmente, o contágio do Holocausto se espalhou. Hoje temos Palestina, logo, Líbano. A tarefa mais importante do momento é nossa reação a esses massacres.

Quando a cada dia que passa, o genocídio do povo palestino por Israel, com apoio absoluto dos U.S.A., se aprofunda e se espraia para todo Oriente Médio, torna-se importante revisitar pensadores, que no século passado analisaram os nazifascistas e o extermínio planejado e executado contra o povo judeu, os ciganos, os dissidentes políticos. Assim como outros atos de terrorismo de Estado.

Afinal, como expressou Israel Charny, “Auschwitz é o ponto zero da história, o começo e o fim de tudo o que existe. É a referência final e em relação a ele tudo será julgado. Porque vimos o triunfo das trevas, temos que falar sobre o sofrimento e a resistência de suas vítimas. Porque vimos o mal em ação, temos que denunciá-lo. Temos de combatê-lo sem dar um minuto de trégua para salvar o mundo do contágio”.

Infelizmente, o contágio do Holocausto espalhou-se. Hoje temos Palestina, logo Líbano.

A tarefa mais importante do momento é nossa reação aos massacres, caso contrário, confirmaremos o que afirmou Elie Wiesel- “Se todos nós formos inocentes, então o mistério do mal, tirando forças de sua própria inocência, acabará por nos esmagar. Isto porque, se quiser realizar-se o homem terá que fundir todos os níveis em um só; cada homem é todos os homens”.

É o tema que revela a natureza real de nossa espécie, capaz do trabalho mais vil que pode sair de mãos humanas: matar outros seres desarmados. É espantoso para a imaginação solidária e moral, em todas as sociedades, que haja incontáveis indivíduos prontos para cometer o mal intolerável, torturar e matar outros homens.

A palavra Genocídio foi cunhada em 1930 pelo jurista Raphael Lemkin, judeu polonês, que requereu à Liga das Nações que proclamasse uma lei contra o assassinato em massa de grupos raciais ou nacionais escolhidos.

Malreaux, como prevendo a Palestina de hoje, referiu-se que a morte transforma certas vítimas em destino. Em “A Condição Humana” ele afirma que a lembrança do sofrimento transforma-se em uma salvaguarda contra o sofrimento.

*Diálogos do Sul

Compartilhe

%d blogueiros gostam disto: