Mísseis lançados pelo Irã expõem falhas no sistema de interceptação de Israel

Mísseis lançados pelo Irã expõem falhas no sistema de interceptação de Israel

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A percepção inicial de Israel foi a de que houve interceptação do ataque.

Os mísseis lançados pelo Irã atingiram edifícios administrativos e áreas de manutenção. A percepção inicial de que o ataque foi interceptado e teria falhado não se confirmou. Os dois países trocaram ameaças nesta quarta-feira (2). Os iranianos lançaram pelo menos 400 mísseis nesta terça (1) em direção a Israel. Nas últimas duas semanas, mais de 1 mil pessoas morreram e 6 mil ficaram feridas em ataques israelenses no Líbano, onde fica o grupo islâmico Hezbollah, apoiado pelo governo iraniano.

Representantes do Irã e de Israel participaram, nesta quarta, da reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas em meio a temores de uma guerra mais ampla no Oriente Médio. “Esse ciclo mortal de violência do tipo olho por olho precisa parar”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, ao conselho de 15 membros. “O tempo está se esgotando.”

O conselho se reuniu depois que Israel matou o líder do grupo libanês Hezbollah e iniciou um ataque terrestre contra o grupo militante apoiado pelo Irã, e o Irã atacou Israel com mísseis.

“Israel se defenderá. Nós vamos agir. E deixe-me assegurar-lhe que as consequências que o Irã enfrentará por suas ações serão muito maiores do que eles jamais poderiam imaginar”, disse o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, ao conselho.

O embaixador do Irã na ONU, Amir Saied Iravani, afirmou que o ataque com mísseis na terça-feira foi “para restaurar o equilíbrio e a dissuasão”. Ele disse que uma nova escalada poderia ser evitada se Israel parasse a guerra em Gaza e os ataques ao Líbano.

“O Irã está totalmente preparado para tomar outras medidas defensivas, se necessário, para proteger seus interesses legítimos e defender sua integridade territorial e soberania contra quaisquer atos de agressão militar e o uso ilegal da força”, declarou ele.

A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse ao conselho que o apoio dos EUA a Israel tem sido defensivo.

“Deixe-me ser clara: o regime iraniano será responsabilizado por suas ações. E alertamos com veemência o Irã – ou seus representantes – contra tomar medidas contra os Estados Unidos ou outras medidas contra Israel”, afirmou ela.

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