“Nova guerra fria” dos EUA contra China é “equivocada e contraproducente”

“Nova guerra fria” dos EUA contra China é “equivocada e contraproducente”

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País precisa ajustar abordagem para criar equilíbrio de poder mais favorável, diz vice-presidente do Comitê Nacional de Relações EUA-China

A política estruturada como uma nova guerra fria em torno da disputa Estados Unidos-China é “equivocada e contraproducente”, segundo Evan G. Greenberg, vice-presidente executivo do Comitê Nacional de Relações EUA-China e presidente da seguradora Chubb Limited.

Em artigo publicado no site Foreign Policy, Greenberg afirma que o país precisa “ajustar sua abordagem” caso queiram “criar um equilíbrio de poder mais favorável diante do crescente desafio da China”.

“O próximo presidente dos Estados Unidos deve redirecionar a política da Ásia para fortalecer a dissuasão enquanto impulsiona a integração econômica regional. Na ausência de tal mudança, os Estados Unidos correm o risco de minar sua própria liderança e interesses”, pontua o executivo.

Greenberg destacou que as economias da China e dos EUA são muito interdependentes, e que o comércio entre as duas nações ficou próximo dos US$ 700 bilhões nos últimos anos, mesmo com as tentativas de diminuir a dependência mutua.

Ao descrever a dissociação entre os dois países como “seletiva” em termos de tecnologia e setores críticos de segurança, o autor pontua que “seria imprudente tentar destrinchar completamente as densas cadeias de valor entre ambos os países”.

“Se Washington quiser superar Pequim e preservar sua posição de liderança, precisará aceitar várias verdades inconvenientes”, afirma o articulista, citando como exemplo a moderação de sua ênfase em valores como fonte de atração.

“Washington exagera o apelo dos direitos humanos e princípios democráticos na Ásia-Pacífico (…). Na Ásia, as noções de direitos individuais são equilibradas com o apoio aos direitos coletivos (…). Todos os países devem se esforçar para apoiar e melhorar os direitos humanos”, afirma Greenberg.

*GGN

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