O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse a seu homólogo libanês, o chanceler Abdallah Bou Habib, nesta segunda (23), que a China apoia firmemente o Líbano na salvaguarda de sua soberania e segurança nacional.
Membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, Wang esteve presente na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, onde se reuniu com Bou Habib para dar apoio sobre a situação no Oriente Médio.
Wang disse que não importa como a situação mude, a China continuará “do lado da justiça e do lado dos irmãos árabes, incluindo o Líbano”.
“Prestamos muita atenção ao desenvolvimento da situação regional, especialmente à recente explosão de equipamentos de comunicação no Líbano, e nos opomos firmemente aos ataques indiscriminados contra civis”, disse Wang, de acordo com o comunicado.
Na semana passada, uma série de explosões coordenadas de dispositivos de comunicação em todo o Líbano matou 39 pessoas e feriu mais de 4 mil pessoas.
Nesta segunda, o país viveu seu dia mais mortal em quase duas décadas após Israel realizar ataques aéreos contra o grupo xiita libanês Hezbollah em várias partes do país. Mais de 500 pessoas foram mortas, incluindo dezenas de adolescentes e crianças. Segundo a CNN, o número equivale a cerca de metade do número total de libaneses mortos durante a guerra de 34 dias entre Israel e Hezbollah, em 2006.
“Combater a violência com violência não resolverá os problemas no Médio Oriente e apenas conduzirá a um desastre humanitário ainda maior”, acrescentou.
Para o diplomata chinês, a situação atual é uma manifestação do efeito de transbordamento dos conflitos em Gaza, e a China pede a realização de um “cessar-fogo permanente e retirada abrangente de tropas” e a garantia de uma implementação efetiva da “solução de dois estados”.
Wang expressou esperança de que o lado libanês tome medidas eficazes para proteger a segurança dos cidadãos chineses no Líbano.Por sua vez, Bou Habib agradeceu à China por defender o Líbano nas Nações Unidas e em outras agendas multilaterais.