Lula cobra reforma da governança global em reunião do G20

Lula cobra reforma da governança global em reunião do G20

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Nesta quarta-feira (25), o presidente Lula participou de evento com ministros das Relações Exteriores do G20, em Nova York, ocasião em retomou a defesa por uma reforma da governança global. A reunião acontece no âmbito da 79ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em que Lula discursou na terça (24). Esta foi a primeira vez que o grupo se reuniu na sede da ONU em um encontro aberto a todos os países da entidade.

Além desse momento durante o período em Nova York, Lula recebeu o prêmio Goalkeepers 2024, do Instituto Bill e Melinda Gates, das mãos do próprio Bill Gates por programas de combate à fome e participou de encontros e reuniões bilaterais com líderes de outros países durante os dias.

Ele se encontrou com o chanceler alemão, Olaf Scholz; com o Rei Abdullah II, do Reino da Jordânia; com o primeiro-ministro da República do Haiti, Garry Conille; com a presidenta da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; com o presidente da Espanha, Pedro Sánchez; e com o presidente da França, Emmanuel Macron.

Também esteve, na ocasião do discurso do Brasil na abertura da Assembleia Geral da ONU, com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e conversou com o presidente dos EUA, Joe Biden, no plenário das Nações Unidas.

Antes de retornar o Brasil, nesta quarta, quando ainda participa de coletiva de imprensa, Lula se reuniu com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer; com o presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo; e com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. Na agenda ainda consta encontro previsto com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro.

Lula com o presidente da autoridade Palestina Mahmoud Abbas. Foto: Ricardo Stuckert / PR

Reunião do G20

No discurso de abertura da Assembleia Geral, Lula fez uma defesa enfática por uma reforma na ONU. Aos ministros reunidos pelo G20 – no qual o Brasil preside este ano e recebe a cúpula do grupo nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro -, ele voltou a explorar o tema: “Cada país pode ter sua visão quanto ao modelo de reforma da governança global ideal. Mas precisamos todos concordar quanto ao fato de que a reforma é fundamental e urgente”, disse.

Na sua fala, Lula também falou da responsabilidade dos países reunidos entre as 20 maiores economias do mundo quanto às emissões de gases poluentes e de efeitos estuda, uma vez que estes países são responsáveis por 80% do total de emissões.

Como já ocorreu em outros eventos do G20, o presidente frisou as três linhas de atuação da liderança brasileira: inclusão social e o combate à fome e à pobreza; a transição energética e o desenvolvimento sustentável; e a reforma da governança global.

No que diz respeito a este último tópico, considerando que todos também estiveram em seu discurso no dia anterior, Lula fez um apelo para recuperar a força do multilateralismo – e ênfase aos anseios do Sul Global – com a finalidade de que as instituições globais voltem a ter crédito perante a população.

“Nossa capacidade de resposta é prejudicada, em particular, pela falta de representatividade que afeta as organizações internacionais.  Se os países ricos querem o apoio do mundo em desenvolvimento para o enfrentamento das múltiplas crises do nosso tempo, o Sul Global precisa estar plenamente representado nos principais foros de decisão”, afirmou o presidente, ao também falar sobre necessidade de reforma na arquitetura financeira global em benefícios dos países endividados e em desenvolvimento, assim como na prioridade na taxação de super-ricos.

Lula durante Sessão de Abertura da Reunião Ministerial do G20 – Sede das Nações Unidas, Sala do Conselho Econômico Social – Nova York. Foto: Ricardo Stuckert / PR

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