Presidente colombiano afirmou na Assembleia Geral que ‘os presidentes dos países que podem destruir a humanidade riem nestes corredores, com a ajuda da mídia mundial’
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, realizou seu discursou na 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (24/09), no qual enfatizou o problema da crise climática e o massacre cometido por Israel na Faixa de Gaza.
Entre as principais críticas do mandatário colombiano está o que ele chamou de “surdez” dos principais líderes dos países desenvolvidos e da própria ONU às denúncias a respeito da crise humanitária sofrida pelos palestinos em Gaza e na Cisjordânia, submetidos aos ataques de Israel.
“Os presidentes dos países que podem destruir a humanidade não nos ouvem (…), eles riem nestes corredores, com a ajuda da mídia mundial (…), o poder da destruição da vida é o que realmente se ouve dentro das Nações Unidas”, enfatizou Petro.
O presidente colombiano acusou o premiê israelense Benjamin Netanyahu de ser “um herói para o 1% mais rico da humanidade, porque é capaz de demonstrar que povos inteiros podem ser destruídos por bombas”, e acrescentou que “o projeto democrático da humanidade está morrendo, enquanto os racistas e os supremacistas se preparam para dominar, espalhando o terror das bombas sobre o povo”.
“Quando Gaza morrer, a humanidade morrerá”, vaticinou.
Crise climática e guerra às drogas
Em outro momento do seu discurso, o presidente da Colômbia questionou as “minorias poderosas” que são responsáveis pela crise climática e por conflitos regionais em países em desenvolvimento.
“Já não há mais tempo, os governos são incapazes de frear a extinção da vida. Hoje temos que escolher entre a vida ou a cobiça, entre defender a humanidade ou defender o capital”, ressaltou Petro.
Em outro momento do discurso, o mandatário disse que “a oligarquia global leva a humanidade à sua própria extinção, e a política rende homenagens a essa oligarquia, abandonando por completo a ideia da liberdade e do poder dos povos, a ideia da democracia”.
*Opera Mundi