Moedas nacionais ultrapassam dólar em transações comerciais entre países dos BRICS, aponta Câmara de Comércio

Moedas nacionais ultrapassam dólar em transações comerciais entre países dos BRICS, aponta Câmara de Comércio

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O uso de moedas nacionais nas transações entre os países-membros do BRICS já ultrapassou o dólar norte-americano, conforme afirma Sameep Shastri, vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria do BRICS, em entrevista à Sputnik. Durante o Fórum do Futuro Urbano do BRICS, realizado em Moscou, Shastri destacou os benefícios das operações utilizando moedas locais.

“Eu acredito que [o dólar] já está sendo superado, pois os países estão muito satisfeitos em realizar negócios [com suas próprias moedas]. Quando você observa de forma simples, em um nível micro, se eu compro um produto da Rússia, pago uma taxa de câmbio em dólar na Índia, e quando presto um serviço de volta, pago novamente em dólar. Isso gera um custo extra, que é eliminado quando eu [pago] diretamente em rublo ou rupia”, explicou ele.

Shastri também discutiu a possibilidade de uma moeda única no BRICS, indicando que o grupo não tem pressa em avançar nesse aspecto. Ele sugeriu que essa moeda poderia surgir quando os países atingirem um nível adequado de paridade econômica, segundo o Sputnik.

“Já começamos a considerar a aceitação de algumas moedas digitais. Estão sendo elaboradas regras e regulamentos em países como Rússia, China, Índia e Emirados Árabes Unidos, todos interessados em criptomoedas. Acredito que elas também terão um papel importante no futuro, pois não são limitadas a um país específico. No entanto, é necessário que existam regulamentos claros para o uso desses fundos, uma vez que sabemos que podem ser mal utilizados”, acrescentou Shastri.

Em junho, os ministros das Relações Exteriores do BRICS sublinharam a importância de aumentar a utilização das moedas nacionais no comércio e nas operações financeiras entre os países-membros. Por fim, Shastri destacou que o crescimento econômico da Rússia, apesar das sanções, demonstra que os países do BRICS não dependem do Ocidente.

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