Diretor de meio ambiente da corporação afirma que imagens de satélite indicam que fogo começou simultaneamente em diferente locais
O diretor de meio ambiente da Polícia Federal (PF), Humberto Freire, revelou que há indícios de ações coordenadas por trás de vários incêndios ambientais que têm causado grandes prejuízos em diversas regiões do Brasil, incluindo São Paulo, que recentemente enfrentou uma densa camada de fumaça. Em entrevista ao Estúdio i, Freire destacou que a PF tem usado imagens de satélites para identificar o momento e o local de origem dos incêndios, o que tem revelado a possibilidade de ações coordenadas.
“Em alguns casos, a gente vê que alguns incêndios começaram quase que ao mesmo tempo, e isso já traz o indício de que podem ter acontecido ações coordenadas. Isso é um indício, é um ponto inicial da investigação, e a gente está explorando, sim, essas possibilidades”, afirmou Freire.
Atualmente, a PF investiga 52 casos de incêndios ambientais suspeitos de serem intencionais, abrangendo estados como Amazonas, Roraima, Pará, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e São Paulo.
As investigações indicam a presença de ação humana deliberada em todos os casos. Freire explicou que, ao observar que alguns incêndios começaram quase simultaneamente, surgem indícios de coordenação, o que é um ponto inicial para aprofundar as investigações.
Além de investigar a origem dos incêndios, a PF está focada em identificar indivíduos e grupos que financiam essas ações. Freire apontou que, muitas vezes, as penas para crimes ambientais são baixas, e, por isso, a PF busca entender o contexto desses crimes, incluindo o financiamento e a coordenação, para aplicar punições mais severas.
As investigações visam desmantelar redes que apoiam e financiam a prática de crimes ambientais, buscando uma resposta mais eficaz contra os responsáveis por essas ações prejudiciais ao meio ambiente.