Pablo Marçal é fruto da política nefasta dos algoritmos

Pablo Marçal é fruto da política nefasta dos algoritmos

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A ascensão do picareta, Pablo Marçal, mais do que indignação, causou espanto em muita gente.

Seria ele um agente do ódio 2.0? O próprio rebanho do ex-mito diz que sim. Tudo indica que aí há um amor avassalador à primeira vista. Sua beligerança nos debates deixou claro o ódio, mesmo tático para esconder o burro que é, o inculto que é, o bandido que é, o vigarista que é.

A coisa está longe de significar o retrato da sociedade brasileira, mesmo aquela bestializada durante anos pela mídia e seus interesses corporativos, mídia esta que hoje opera no sistema financeira como um banco e age como milícia, atacando quem ela julga atrapalhar seus negócios de lucro farto e fácil.

A Folha que o diga com seu banco que ganhou fortuna sob a batuta de Paulo Guedes. Aliás, em quatro anos de governo Bolsonaro, com aumento de  inflação, o Brasil operando com a maior taxa de juros do planeta e os combustíveis chegando a preços estratosféricos, tendo como resultado dessa política nefasta a devolução de 33 milhões de brasileiros ao mapa da fome.

Não se viu uma única linha, uma única fala da mídia corporativa que fosse minimamente crítica a uma das mais imorais práticas econômicas que um governo brasileiro já operou.

Mas, voltando ao Marçal, o que tem aí é uma sociedade lobotomizada, ou seja, estupidificada pela massificação dos algoritmos. Esse é o maior dos tentáculos da big techs, que garante seguidores fieis, muitos fanáticos a partir de engajamento multiplicado pelos famosos youtubers, influencers, coachs e outras figuras do mundo das celebridades virtuais.

Para essa gente, incluindo empresários, políticos, atletas e outros bichos soltos, que se mostram verdadeiros delinquentes virtuais, suas atitudes nas redes não têm nem o céu como limite.

Ou seja, é uma exposição massificadora da mais pura mediocridade intelectual de que se tem notícia na história da humanidade.

Os algoritmos fizeram da burrice, profissão.

Muitos que vieram da plebe raquítica, como é o caso de Pablo Marçal, forma salvos rumo a usufruir as benesses dos endinheirados, utilizando as chamadas “novas interações” que, na realidade, são caminhos controlados que dão lucros estratosféricos a donos de redes.

As pessoas interagem com aquilo ao qual têm acesso, acesso manipulado por quem paga as big techs para produzir uma equação que amplie e redobre sua expansão de acordo com a grana que casa.

Esse é o principal sistema que não tem qualquer controle, e é isso que Marçal usa para, aproveitando a vulnerabilidade intelectual de parcela emburrecida da sociedade, com pensamento crítico em frangalhos, produzir essa espécie de espanha-chumbo virtual contra seus alvos, prometendo fazer São Paulo dar uma cambalhota rumo ao que há de mais primitivo, medieval na praça da chamada extrema direita.

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