A Receita Federal divulgou que a arrecadação da União somou R$ 231,04 bilhões no mês de julho. O valor representa aumento real de 9,55% (descontada a inflação pelo IPCA) em relação a julho de 2023 e marca recorde histórico para o mês, com apuração desde 1995.
Com o oitavo mês seguido de superação, o desempenho arrecadatório também alcançou seu maior patamar entre janeiro e julho: R$ 1,53 trilhão.
Entre os motivos para o crescente desempenho a Receita destaca o aumento da atividade produtiva, a tributação de fundos exclusivos e pelo retorno da tributação do Programa de Integração Social/Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) sobre combustíveis.
Em junho a produção a produção industrial teve crescimento de 4,1% no mês em relação a maio, de acordo com o IBGE.
Conforme dados apresentados pelo chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros, Claudemir Malaquias, a produção industrial de junho, quando comparada com junho de 2023, teve alta de 5,63%. A isto se atribui o aumento da venda de bens (2%;), aumento em serviços (1,3%), assim como a massa salarial foi ampliada em 10,28%. “Esses indicadores ajudam a explicar o desempenho da arrecadação e sua aderência ao desempenho da atividade econômica”, disse Malaquias.
Arrecadação recorde, mas corte
No mês passado o governo federal anunciou corte nos gastos públicos de R$ 15 bilhões. O mercado financeiro comemorou, pois a Fazenda cedeu à pressão pelo corte feito a sob justificativa de cumprimento de metas fiscais em busca de um distante “déficit zero”.
Quem sofrerá as consequências desse corte são as camadas sociais que mais dependem das ações do governo.
O cenário desse contingenciamento se torna ainda mais complexo tendo em vista que os recordes na arrecadação representam que a economia está crescendo. Além disso, a taxa de desemprego alcançou o menor nível em dez anos e a inflação está controlada.