Presidente russo recebeu autoridades palestinas em Moscou nesta terça-feira e pediu à ONU que ‘avance com as decisões necessárias’ para o reconhecimento pleno do país.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, recebeu nesta terça-feira (13/08), em Moscou, o líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, para uma reunião bilateral que, segundo o Kremlin, teve como principal objetivo o aprofundamento das relações bilaterais entre os dois países.
Porém, em coletiva aos meios locais, Putin falou sobre o massacre promovido por Israel aos palestinos residentes na Faixa de Gaza, e disse que “as raízes deste problema remontam ao passado e estão associadas, em primeiro lugar, ao desconhecimento das decisões anteriormente tomadas pelas organizações internacionais, principalmente a Organização das Nações Unidas (ONU), sobre a criação de um Estado da Palestina independente”
“Para garantir uma paz estável, confiável e duradoura na região do Oriente Médio, é necessário implementar todas as resoluções da ONU e, antes de tudo, consolidar a criação de um Estado palestino com plenos direitos”, acrescentou.
No entanto, o presidente russo evitou se comprometer com um apoio militar aos palestinos neste momento, e lembrou do atual conflito do país com a Ucrânia para justificar essa posição.
“Todos sabem que, infelizmente, a Rússia hoje deve defender os seus interesses, defender o seu povo e suas fronteiras com armas nas mãos, mas não ignoramos o que está acontecendo no Oriente Médio, e o que está acontecendo na Palestina”, disse o mandatário do Kremlin.
Por sua vez, o líder palestino Mahmoud Abbas lembrou que desde 1947 foram adotadas mais de mil resoluções da ONU sobre esta questão.
Abbas também frisou, no entanto, que “devido à pressão dos Estados Unidos, a organização tem falhado na sua missão de implementar essas resoluções que garantiriam a consolidação dos direitos do povo palestino”.
Apesar de Putin não se comprometer com ajuda militar de Moscou, o líder palestino afirmou que “a Palestina conta com o apoio da Rússia em todas as instâncias internacionais, é um dos nossos aliados mais importantes no processo de reconhecimento internacional do Estado da Palestina”.
*Opera Mundi